domingo, abril 30, 2006

Valborg - os chapéus

 

Lá pelo meio-dia, depois da aquática e hilariante parada de barcos imaginativos, a massa humana que se concentrava ao longo das margens do rio Fyris passou em grande número para o jardim atrás do Ekonomikum. Resultado: uma imensa carpete humana com um palco num canto, jogos aqui e ali e muita comida e bebida. O cenário era este:







A paisagem era muito semelhante numa série de outros grandes jardins públicos de Uppsala.

Depois de ter ido comer qualquer coisa com a Rita e a Ana, nós os três fomos até junto da biblioteca univeristária Carolina Rediviva lá pelas 14.30. Uma vez lá, deparámo-nos com outra massa humana:



Pelo meio reparámos numa coisa interessante: uma bandeira da Dinamarca e outra da Bélgica na companhia de uma da Catalunha :D Não me perguntem porquê que eu não sei, mas foi uma visão agradável :D



O motivo pelo qual esta gente toda estava concentrada em frente à biblioteca era nada mais, nada menos que uma tradição com pouco mais de 100 anos, que consiste muito basicamente em o reitor da universidade, da varanda da Carolina, acenar com um boné branco e os estudantes - novos e velhos - responderem com um gesto idêntico. É uma coisa de alunos finalistas, um pouco como a benção das fitas em Portugal. Participam tanto os finalistas actuais como os que já passaram pelo momento, motivo pelo qual se viam pessoas de idade com bonés já mais amarelos que brancos. Vejam o exemplo deste simpático casal de velhinhos:



Frente à Carolina actuava a banda de umas das nações de estudantes, enquanto outros dançavam:



Pouco depois, eis o momento mais esperado:



Agora para as nove da noite está prevista uma cerimónia ao pôr-do-sol para dar as boas vindas a Maio e, com ele, à Primavera: no topo da colina do castelo vai ser tocado o sino da fortaleza e um coro de estudantes vai saudar a nova estação. Depois disso ainda devo ir até à cidade antiga onde vão haver grandes fogueiras (tal como um pouco por toda a periferia da cidade).

Valborg - os barcos

 

De ressaca, com apenas três horas de sono em cima, mas ainda com um longo dia (e noite) pela frente :p

Apesar da desgraça de ontem à noite, o dia hoje teve que começar às 9 horas da manhã para conseguir estar à beira-rio no centro da cidade antes das 10. Motivo: ver a parada hilariante de barcos que é tradicional todos os anos no dia 30 de Abril, mesmo a abrir as comemorações do Valborg. Quando cheguei à parte antiga de Uppsala, o cenário era este:



Poucos antes das 10 horas, houve direito a espectáculo aéreo...



... e depois já estava tudo de olhos postos no rio a ver quando é que o primeiro barco aparecia:



Os barcos, todos eles construidos e pilotados por estudantes, eram todos feitos de esferovite e madeira (entre outras coisas) e o tema era livre: ele foi patos de borracha gigantes, submarinos soviéticos, carros de casados de fresco, caixa multibanco gigante, banheiras, sanitas, castelos, barcos piratas, cantores de rock, sapos num nenufar, bébés num espécie de carrinho e até campos de hoquei em mininiatura com todos os ocupantes devidamente equipados. De destacar ainda um pequeno barco em que os dois marinheiros de água doce representavam a cena da crucificação de Cristo: o que remava ia de soldado romano, atrás ia um desgraçado de braços estendidos, tanga ensanguinada e com uma cruz enorme presa às costas e braços. Por incrível que pareça, aguentaram-se em pé quando passaram a queda de água que podem ver na fotografia... Deus existe :p

Apesar de eu não ter consigo furar até perto da queda de água e, por isso mesmo, a qualidade de imagem não ser das melhores, aqui vão na mesma dois vídeos do cortejo aquático. Este primeiro era um barco de "suas altezas reais", lol:



E segue-se um hipópotamo e um submarino soviético:



Entretanto, a festa continua: neste momento o jardim atrás do Ekonomikum (a faculdade de economia) está apinhado de gente a fazer piqueniques e churrascadas, a beber que é uma coisa parva e a jogar qualquer coisa na relva. Mais fotos mais logo ;)

Valborg

 

(segunda tenativa...porque sim, eu estiu alcoolizado e a primeira que tentei escrever isto s+ó consegui publicar o títilo e ainda por cima com um erro ortográfico....ai comoi eu estou :p)

Continuando como gente sério (cof!).

O Valborg é a versão sueco da queima das fitas. Aliás, para ser maiscorrecto, o Valborgm é um misto de festa de boas vindas à primavera (ou é verão?) e de queima das fitas. Eles saem à rua com cortejos, têm grandes piqueniques e churrasdcos nor jardins da cidade, fazem grabde fogueiras à noite (na noite de amanhã, para ser mais preciso) e também amanhã vão celebrar o pôr do sol com brindes, coros e outras coisas, para dar as boas vindas à Primavrea (ou será ao verão? hmmmm). Se acham estranho que assinalem a coisa com o pôr do sol, eis uma pista: já pensaram porque é que se abre os presentes de natal da véspera do dia de natal? Ah pois é!!!

Anyway, supostamente é só no domingo, mas hojre já houve chirrascos e festa e a cidade já está cheia de estdantes em alegre borga e com o bares abertos até às duas anhã (UAU!). Porque siml na Suécia, tduas manhã é muito tarde para a vida nocturna: eles aqui jantam às 6 da tarde (mais coisa, menos coisa) e já estão na bela da borga desde as oitto da noite... ai valha-ne são sinfrónio.!!! (mjuitos pontos de exclamaçõa)

Ora (vigula) como eu tb quero aproveitar esta oportunidade única (pelo menos até ver), decidi juntar.-mne à festa e entreguei-.me aos prazesres alcoolicos do Dionysos (grafia crrecta, sim? Nada de lhe chamar "Dionisio" com um "i" na ultim silaba, que isso é um miuto mau hábito portuga :p). E pronto (vigula) assim acabei eu neste estado, acabo de vir da Värmlands (obrigado Rita por me teres posto na lista de convidados), ainda alcoolizado e já a tentar reservar-me para amnahã (ponbto final parágrafo)

Esta entrada nuca aconteceu :] Beijinhos a abraços a todos e não se sintan mal por eu estar a fazer esta figura :] Isyo é o meu momento de descompostura qque só acontece duas ou três vezes por ano, nomeadanente em alturas especiais :) Aqui o Hélio amanhã já é ele mesmo outra vez :) Pelo menos até voltar a beber lá mais para a noite, LOL (muitos risos... o que a esta hora e no meu estad é sonoramente problemático)

Beijinhooooooos :)



Fotografia do Valborg tirada da net. Não é desta ano, é de alguém q eu não faço a minima ideia quem seja. De qualquer modo, é idial para vocês perceberem o que +esito +e: por um lado é uma fogueira (logo a portugua lembra a queima de algo) e (virgula) por outro (vírgula) lembra festivais muito pouco cristãos de mudabça de estação (ponto final páragrafo)

(Nova frase) Mais beijinhos a todos (ponto finakl parágrafo)

sexta-feira, abril 28, 2006

Terras Altas em festa :D

 

Ela é a Advogada do Proletariado Medieval, é a Babe das Terras Altas, foi um elemento sempre presente nas velhas e boas edições da Festa do Nada, uma jogadora exímia de Mario Kart 64, a Non-Moving Woman do Ferro e uma inesquecível "membra" do Gangue do Pombo e dos Montes Pistons, com os quais produziu as muito alcobacenses Filha de Caracas e Peito de Fogo, as duas telenovelas venezuelo-brasuco-caseiras do pessoal. Ela é amiga (muito!), companheira de acampamentos, caminhadas, passeios de bicicleta, lides medievais de Óbidos e de mil e uma horas de riso até doer a barriga :D

Ela é a Jeta para uns, JT para outros, Joana Teresa para os pais e fufa para o Rilhó, LOL! Seja lá o que isso for (cof!), o que eu sei é que hoje é o dia de aniversário dela, por isso cá vai uma fotografia da grande Jeta em experiências de vestimenta para mais uns filmes de trazer por casa da malta :)



Parabéns JT!!!!! :D Prometo que em Junho levo-te uma prenda ;)

quarta-feira, abril 26, 2006

Meninos da rádio

 

Quase que não ia acontecendo porque eu quase adormeci, mas o dia de hoje conseguiu ser diferente graças a uma ida à rádio de estudantes de Uppsala.

O convite surgiu o fim de semana passado. Quando eu ia a caminho de casa mais a Rita, saídos da Värmlands, um polaco que ia connosco convidou-me para entrar num programa de rádio em que se costuma entrevistar estudantes estrangeiros e para o qual ele andava a ver se conseguia fazer uma edição portuguesa. Convite aceite, hoje de manhã, pouco passava das 11.30 da manhã na Suécia (10.30 em Portugal e na Galiza), encontrei com o pessoal no Economikum. Após uma conversa de longos minutos em que preparámos o programa, fomos para o estúdio na cave onde a coisa teve lugar.





Para além de três portugueses - eu, a Ana e o Ricardo - no estúdio estava o Chris (o polaco que nos convidou e entrevistou), um alemão que ia fazendo algumas perguntas e comentários e duas australianas que o ajudavam a gerir o programa (meter um cd, cronometrar a coisa, passar-lhe as folhas disto e daquilo, etc). Os temas abordados durante uma hora de transmissão radiofónica foram da Queima das Fitas até ao Fado, passando pela vida nocturna em Portugal, o futebol e o Euro 2004, o Brasil e o carnaval e a palavra portuguesa Desenrascanço que até já tem uma longa entrada na Wikipedia, LOL! Pelo meio ainda se pôs a tocar três músicas de grupos portugueses: a 11.33 dos Gift, Picture of my own dos Fingertips e a Vem dos Madredeus.

Contas feitas no final, foi uma hora de rádio super agradável, divertida e sempre foi um pouco como regressar a casa sem sair da Suécia :p

terça-feira, abril 25, 2006

Trinta e dois anos

 

Há exactamente trinta e dois anos, 25 de Abril de 1974, à meia-noite e vinte minutos em Portugal e na Galiza (uma hora a mais na Suécia), a Rádio Renascença transmitia uma canção proibida: sinal dado, a Revolução dos Cravos estava em marcha. O que se seguiu foi o desabar de uma ditadura de quase meio século e o nascimento da actual e ainda jovem democracia portuguesa:

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade.




E Abril vive-se todos os dias: cada vez que se vota, cada vez que se expressa livremente uma opinião, cada vez que se protesta contra o que se julga estar errado, cada vez que se pede contas aos nossos governantes e representantes, cada vez que de livre-vontade formamos ou nos increvemos numa associação, cada vez que nos reunimos livremente com outras pessoas, cada vez que se cultiva uma fé (ou nenhuma) sem medos, cada vez que se aspira, exige-se e vive-se igualdade entre cidadãos, independentemente do sexo, condição social, raça, religião ou orientação sexual.

Abril é uma data que se concretiza diariamente em todos as manifestações de democracia que ela tornou possível.

segunda-feira, abril 24, 2006

Originalidade sueca de volta

 

Depois desta primeira vez, os malandrecos aspirantes à carreira de mago levitante atacam de novo. Esta tarde deparei-me com uma nova bicicleta em cima da cabine telefónica:



Não sei quem são os artistas, mas alguém se anda a divertir à brava com isto, LOL! Enquanto isso, as pessoas passam, as crianças apontam e os estudantes riem-se :D

E vão duas

 

Depois da primeira mala, é a vez de mandar para Portugal o disco que eu usava para escorregar na neve (para quem não se lembra, veja-se aqui, aqui e aqui):



Lá dentro vai uma surpresa para o animal de quatro patas lá de casa e hei-de metê-lo no correio juntamente com uns quantos postais para o pessoal ;) Vão vendo as vossas caixas de correio, pessoal. A quem esta semana não receber nada, fica para a próxima ou não se preocupem que eu gosto de vocês à mesma ;)

Beijinhos e abraços a todos :)

sábado, abril 22, 2006

Momentos Värmland

 

Ontem à noite, naquela de me divertir um pouco agora que só tenho que me concentrar na tese, fui dar à Nação da Värmland, onde a Rita e o Ricardo trabalham. Uma vez lá, encontrei o Tiago, a italiana e a polaca que já passaram umas quantas aventuras connosco e ainda outros tantos rapazinhos da Polónia.

Depois de ter dado umas voltinhas de sala em sala e ter puxado de uma cidra de maçã para beber, dou de caras com a Rita que me levou para os bastidores da nação, isto é, a cozinha! Não demorou muito até descobrir a festa que ia lá dentro, porque com álcool de graça e o Ricardo pelo meio a coisa só pode dar em fartote de riso:



Pouco depois, ao som da Material Girl da Madonna:



Isto de trabalhar (ou ver trabalhar) numa nação tem que se lhe diga :p

E vai uma

 

Sete meses depois de ter mandado para cá duas malas com livros e roupa - para além da que foi comigo no avião - eis que uma delas foi ontem de volta para Portugal:



Confesso que me o fiz com uma ponta de nostalgia :p Mas, por outro lado, é o primeiro passo em direcção a casa :D Espero bem que ela não volte para trás, que a mulherzinha que me atendeu não estava muito segura do que estava a fazer.

sexta-feira, abril 21, 2006

A humidade faz a força

 

De tempos a tempos, com maior ou menor frequência, mas principalmente em períodos de crise prolongada (como o actual), costuma-se ouvir aqui e ali que Portugal estaria melhor numa união ibérica com Espanha. É quase um lugar-comum de lamúria nacional, mas que não deixa de denunciar precisamente o tipo de coisas que nos retêm na crise em que estamos: facilitismo, resignação e ignorância. Já foi possível constatá-lo neste blogue há alguns meses atrás, quando alguém terá dito que estaríamos melhor em Espanha ao comentar uma entrada sobre... a Galiza!

O português médio acha que Espanha é toda igual, acha que é um país com a mesma língua, cultura e qualidade de vida do cabo Finisterra até às Baleares. O português médio acha que o país vizinho é um bloco uniforme em que tanto faz falar da Galiza, como da Estremadura ou da Catalunha: para ele tanto faz, porque para ele é tudo igual. Mas engana-se. Espanha é - e sempre foi - um conjunto de nacionalidades e línguas diferentes reconhecidas oficialmente: paralelamente ao castelhano, fala-se catalão, basco, aragonês, leonês e galego-português; paralelamente à nacionalidade espanhola, a constituição de Espanha reconhece a existência de nacionalidades históricas, como a catalã, galega ou basca. Aliás, se o português médio estivesse atento ao que se passa do outro lado da fronteira, saberia que, recentemente, os deputados nacionais espanhóis aprovaram um novo estatuto da Catalunha que a define como nação e que um processo de revisão estutária está a ter lugar na Galiza, estando igualmente sobre a mesa a proposta de reconhecer a nação galega com todas as letras. Cultural, histórica e linguisticamente, Espanha não é toda igual.

Também não o é em termos de desenvolvimento e qualidade de vida: enquanto numa ponta está uma riquíssima Catalunha, na outra encontra-se uma Galiza bastante mais pobre, pelo menos comparativamente. O motivo para esta descrepância é simples: a produção de riqueza em Espanha não depende apenas das políticas do governo central em Madrid, mas depende também do que se decide e faz nas diversas regiões autónomas como a Catalunha, Galiza, Estremadura, Astúrias ou País Basco. E também não se pense que a riqueza que se produz numa região é partilhada por todas as outras: o novo estatuto catalão prevê que pelo menos metade das receitas catalãs fiquem na Catalunha em vez de irem para o governo central.

O que é que isto nos diz? Que o sucesso espanhol não passa unicamente pelas políticas ditadas em Madrid: passa também pelas que são decididas pelos governos autónomos nas capitais regionais, tanto que diferentes regiões têm diferentes graus de sucesso. Disto isto, não ia ser uma união política de Portugal com Espanha que nos ia arrumar a casa, já que iamos continuar a depender em boa medida da gestão que fazemos de nós próprios enquanto região autónoma. E a prova de que não iria resolver os nossos problemas encontra-se no actual estado de coisas: não é por estarmos na União Europeia que temos automaticamente o nível de vida de uma Alemanha ou de uma Suécia, pelo simples motivo de que continuamos a depender da gestão que os portugueses fazem de Portugal. Moral da história: a coisa não muda por fugirmos para outro país ou por recebermos fundos de quem tem mais dinheiro que nós, mas muda apenas e somente se trabalharmos para isso. Por muita ajuda que possa vir de fora, ela de nada serve se não soubermos geri-la por nós mesmos ou, como diria o Padre António Vieira, o bom sal não salga a terra se ela não se deixa salgar. Portugal tem que resolver os seus problemas por si mesmo, porque ninguém o vai fazer por ele.

Dizer que a solução passa por uma união política com o país vizinho equivale a continuar na mesma lógica facilitista da fuga: é querer passar a batata quente para Madrid na esperança que os outros resolvam aquilo que nós não conseguimos e não queremos. E quem muitas vezes acha que em Espanha iamos estar melhor é o mesmo português que diz que «'tá mal!», mas pouco ou nada faz para mudar o estado de coisas, é o mesmo que olha para os resultados espanhóis - maior riqueza e melhor qualidade de vida - mas não para o que é preciso fazer para os obter: trabalhar mais e melhor, boa formação, pagar impostos e valorizar o mérito individual em vez da cunha ou o "padrinho". Muitos dos portugueses que falam de uma união com Espanha como quem fala de pevides e vinho verde são os mesmos que mantêm Portugal no atraso em que ele se encontra: querem o fruto sem o esforço necessário para o fazer crescer.


quinta-feira, abril 20, 2006

Estocolmo III: depois da Borboletolândia

 

De sorriso na cara e com os cartões de memórias das máquinas fotográficas bem atolhados com momentos Kodac, a Rita e eu fizemos umas compritas no átrio do museu (há que levar recordações para casa) e comemos o nosso almoço numas mesas de madeira no exterior do museu, sob um sol que já é de Primavera e os olhares atentos de pássaros que andavam à caça de migalhas ou qualquer coisa que nós lhes quisessemos dar.



Ainda no exterior do museu, demos com duas coisas que nos chamaram a atenção:



Coelhos...



... e um serviço para cães à porta da cafetaria do museu, disponibilizado pelo próprio.

Uma vez de barriga cheia, seguimos a pé em direcção a uma paragem de autocarro. Pelo caminho, passámos por esta entrada do Haga Parken...



... onde eu descobri a minha paixão por bolas ou o desejo de querer ser um espermatozóide agarrado a um óvulo, LOL!



Depois fomos às compras na enorme zona comercial de Estocolmo antes de voltarmos para Uppsala, já passava das sete horas da tarde.

Beijinhos e abraços a todos!

Estocolmo II: na Borboletolândia

 

A Casa das Borboletas, à semelhança do Vasa, é outro dos museus de Estocolmo cuja entrada não é de graça. Para visitá-la, cada estudante tem de pagar 60 coroas suecas (cerca de 6 euros) no átrio do museu:



Depois de pagarmos, termo-nos certificado que podiamos tirar fotografias e despido os casacos (porque já esperavamos temperaturas altas dentro da estufa), ganhámos coragem e seguimos:



Após a primeira parte do museu que não era mais que uma simples reprodução de um jardim, passámos para a segunda estufa, onde demos de caras com um lago cheio de carpas...





... que eu e a Rita lá iamos atiçando pondo os nossos dedos dentro de água, lol:





Na mesma divisão do museu havia ainda algumas aves, uma quinta de formigas e outros insectos de maiores dimensões, como este...



... ou ainda este:



E acreditem quando eu vos digo que eles eram grandes, mas não se preocupem que estavam atrás de uma vitrine ;) Seguiu-se o ex-libris do museu: as borboletas! :D A estufa onde elas se encontrava tinha este aspecto:



E pelo meio, a voar ou simplesmente quietinhas a um canto, dava-se com borboletas como estas:









Claro que nós fizemos questão de tirar fotografias ao lado de algumas delas, até para vocês terem uma ideia do tamanho dos animais:



Já agora, tomem lá um vídeo delas a voar à minha volta. Eu ainda levantei o braço para ver se alguma poisava na minha mão, mas nada feito:



Digam lá se não é um sitio de sonho, ein? :p

Estocolmo I: a caminho da Borboletolândia

 

Ontem, passavam dez minutos das dez horas da manhã, a Rita e eu apanhámos o comboio para Estocolmo para irmos visitar mais um museu e fazer umas compritas. Uma vez na capital sueca, comprámos uns quantos bilhetes para os transportes públicos da cidade e metemo-nos no autocarro número 52. Destino: Haga Parken, um parque florestal perto da saída norte de Estocolmo onde se encontra a Casa das Borboletas.

Uma vez sobre rodas pelas avenidas, eis que numa paragem lá pelo meio do percurso entra no autocarro uma senhora com o seu cão. Depois de pagar o bilhete, caminha calmamente com ele ao lado em direcção aos lugares traseiros, onde eu e a Rita nos encontrávamos. E houve algum problema com o cão? Alguém se queixou da sua presença dentro do autocarro? Nada! Não houve qualquer protesto ou chamada de atenção da parte do condutor ou dos passageiros: levar um animal de estimação nos transportes públicos urbanos - pelo menos os rodoviários - é perfeitamente normal na Suécia.





Minutos depois, ele mais a dona saem na mesma paragem que eu e a Rita: o maluco do cão ia passear, correr e brincar feito parvo para o Haga Parken. :p E o espaço bem que convida a isso, senão vejam-me estas fotografias:





E para quem tem dúvidas sobre a hospitalidade sueca, mal eu e a Rita entrámos no parque tinhamos logo dois patos a vir na nossa direcção, LOL!



Eu ainda tentei dar meio figo seco a cada um, mas veio um pastor alemão a correr e lá voaram os patos para longe :p Um deles escapou-se por um triz, lol. Depois deste pequeno episódio, nós os dois continuámos a andar à beira lago (e na esperança de não nos perdermos no parque, lol).





E este foi o nosso primeiro vislumbre da Casa das Borboletas:

terça-feira, abril 18, 2006

O carteiro traz sempre duas coisas

 

Hoje tinha a caixa de correio excepcionalmente cheia: um grande envelope da minha mãe com o habitual jornal de Alcobaça e mais um extra (nada de doces, não ganhem ideias :p), um postal do grande Ferro e um papelinho para eu levantar uma encomenda no supermercado mais próximo.



O postal, endereçado para Hélio "o grande?" da parte do criado do shot Ferro, LOL! Ai as memórias das boas festas do nada :p Obrigado, Ferro! :D Vou mostrar à Alexandra, que ela ficou curiosa com a coisa dos trajes académicos em Portugal.



Já esta embalagem enorme, rasgada e obviamente dos CTT era o que eu tinha que ir buscar ao supermercado. Quem a enviou foi a Helena, a portuguesa que esteve cá a estudar no primeiro semestre. O que é que vinha lá dentro?



Amêndoas e um pão de ló meio espalmado que mais parecia que lhe tinha passado um camião por cima, LOL! Foi uma bela de uma ideia da mãe da Helena. Coisa de mães, obviamente.

Obrigado!!!! :D Já cá entraram duas fatias :p

Degelo

 

Aumentam as temperaturas, crescem os dias, o sol brilha e a neve e gelo derretem. O resultado, para além de uma paisagem menos "em branco" e dias mais agradáveis, é o aumento do caudal do rio: enquanto em Portugal isso acontece porque chove, na Suécia acontece porque neva e depois faz calor (isto dito assim parece tudo tão simples, lol).









Enquanto isso, o vento sopra e a Primavera avança. Amanhã vou ver como é que está Estocolmo, que vou lá mais a Rita fazer umas compritas para uns quantos aniversários que se aproximam (cof!) e visitar mais uns quantos museus, nomeadamente a Casa das Borboletas (vivas, sim!).

Beijinhos e abraços a todos :)