Gritar: uma tradição estudantil

 

Já antes eu vos tinha falado da coisa, aqui no blogue, no MSN ou ao vivo e a cores. Aquilo que eu nunca fiz foi publicar um vídeo desta peculiar tradição entre os estudantes que moram em Sernanders väg e que é uma prática inexistente nas outras áreas residênciais da Universidade de Uppsala (ou afins).

Segundo o namorado da professora Alexandra, quando ele era estudante e esteve a morar aqui há vinte anos atrás, já havia esta coisa do gritar, pelo que é uma tradição remonta pelo menos até aos anos 80. Reza a história que tudo começou quando um estudante que se encontrava fechado no quarto a marrar nos livros há dias a fio, sentindo que a pressão já era demasiada, abriu a janela e berrou desalmadamente. Isto foi por volta das 22 horas e a moda pegou. Desde então, a coisa tem-se repetido (quase) todas as noites e os alunos mais velhos passam a palavra aos recém-chegados.



Isto foi em Dezembro passado, num sábado, quando na rua estavam a ter lugar umas quantas festas de corredor e, assim que alguém começou a gritar, foi ver uma porradona de estudantes que estavam na farra a vir para as janelas e varandas soltar a voz. Até agora, esta foi a maior gritaria que eu testemunhei; hoje, por culpa do frio (estão -13 lá fora), a coisa resumiu-se a uns quantos berros meus e de um rapaz que mora algures no prédio à frente.

Ferro, quando é que começas uma coisa do género em Coimbra, ein? ;)