terça-feira, abril 25, 2006

Trinta e dois anos

 

Há exactamente trinta e dois anos, 25 de Abril de 1974, à meia-noite e vinte minutos em Portugal e na Galiza (uma hora a mais na Suécia), a Rádio Renascença transmitia uma canção proibida: sinal dado, a Revolução dos Cravos estava em marcha. O que se seguiu foi o desabar de uma ditadura de quase meio século e o nascimento da actual e ainda jovem democracia portuguesa:

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade.




E Abril vive-se todos os dias: cada vez que se vota, cada vez que se expressa livremente uma opinião, cada vez que se protesta contra o que se julga estar errado, cada vez que se pede contas aos nossos governantes e representantes, cada vez que de livre-vontade formamos ou nos increvemos numa associação, cada vez que nos reunimos livremente com outras pessoas, cada vez que se cultiva uma fé (ou nenhuma) sem medos, cada vez que se aspira, exige-se e vive-se igualdade entre cidadãos, independentemente do sexo, condição social, raça, religião ou orientação sexual.

Abril é uma data que se concretiza diariamente em todos as manifestações de democracia que ela tornou possível.

2 Comments:

Anonymous Anónimo disse...

E viva Abril!!!

2:03 da tarde  
Blogger papoilasaltitante disse...

Clap CLap Clap!!!
E de pé!!
Beijos e desculpa a ausência...PC no hospital!

11:55 da tarde  

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