Valborg - o autocarro mal parado
Se episódios infelizes durante a minha estadia na Suécia há a recordar, este será certamente um deles. O que vale é que ao menos há sempre pessoal por perto que se junta e leva a coisa com um pouco de sentido de humor :p
Depois da cerimónia na colina do castelo, eu e a Aylin metemo-nos no autocarro urbano número dois e fomos até Gamla Uppsala, a cidade antiga onde se encontram as três grandes colinas fúnebres da Idade do Ferro. Queríamos dar uma olhadela à grande fogueira que ardia por lá, mais uma tradição sueca do Valborg, e que tinha sido acesa também ao pôr-do-sol. Quando lá chegámos, deparámo-nos com isto:


Minutos depois, após termos tirado umas quantas fotografias e olhado calmamente para as colinas sob a lua crescente, nós os dois voltámos à paragem de autocarro para regressarmos ao centro de Uppsala. Infelizmente, umas quantas dezenas de pessoas tiveram a mesma ideia ao mesmo tempo que nós, muitas delas já com bastante álcool no sangue (algumas devia ser mais sangue no álcool), pelo que quando o autocarro chegou a coisa foi caótica... muito caótica.
Primeiro, porque o motorista abriu não só a porta dianteira, mas também as duas traseiras. Resultado: fartos de estar ao frio e a ver que nunca mais entravam, uns quantos suecos no final da fila entraram a correr pelas portas de saída. O condutor não gostou da ideia e obrigou toda a gente a sair e a voltar a entrar, mesmo os que já tinham bilhete. Quinze minutos depois, já com o autocarro vazio e apenas com a porta dianteira aberta, as pessoas começam a voltar a entrar a conta-gotas.
Segundo, porque quando já estavamos todos estilo sardinha em lata (porque com este tempo todo perdido, mais pessoas apareceram na paragem, logo mais pessoas entraram), alguém repara que uma das portas traseiras não tem vidro, partido que fora durante a confusão inicial. Vem a polícia e instala-se mais uma dose de problemas: nós já estavamos fartos de ali estar, o condutor não queria arrancar porque por lei não pode conduzir com um vidro em falta e os polícias diziam que em cinco minutos chegava o próximo autocarro e que iamos todos mudar para ele. Já nos estavamos a perguntar porque carga d'água é que tinhamos saído e voltado a entrar para agora termos que sair uma vez mais.
Mais quinze minutos passados e o segundo autocarro não chega. Uma alemã que estava connosco (e que sabia falar sueco) já estava a ficar farta e mete a cabeça de fora pela janela sem vidro para perguntar a um policia do que é que estavamos à espera. Foi-lhe respondido que afinal iamos de volta para Uppsala naquele autocarro em que estavamos e que iamos partir em breve. Passam mais dez minutos e, finalmente, o motorista dá uso à ignição e põe o autocarro a funcionar. O alívio foi tal que começou tudo a bater palmas e a alemã a cantar com umas amigas dela:
´
Ah, mulheres! Isto é que é boa disposição num momento chato! :p
Depois da cerimónia na colina do castelo, eu e a Aylin metemo-nos no autocarro urbano número dois e fomos até Gamla Uppsala, a cidade antiga onde se encontram as três grandes colinas fúnebres da Idade do Ferro. Queríamos dar uma olhadela à grande fogueira que ardia por lá, mais uma tradição sueca do Valborg, e que tinha sido acesa também ao pôr-do-sol. Quando lá chegámos, deparámo-nos com isto:


Minutos depois, após termos tirado umas quantas fotografias e olhado calmamente para as colinas sob a lua crescente, nós os dois voltámos à paragem de autocarro para regressarmos ao centro de Uppsala. Infelizmente, umas quantas dezenas de pessoas tiveram a mesma ideia ao mesmo tempo que nós, muitas delas já com bastante álcool no sangue (algumas devia ser mais sangue no álcool), pelo que quando o autocarro chegou a coisa foi caótica... muito caótica.
Primeiro, porque o motorista abriu não só a porta dianteira, mas também as duas traseiras. Resultado: fartos de estar ao frio e a ver que nunca mais entravam, uns quantos suecos no final da fila entraram a correr pelas portas de saída. O condutor não gostou da ideia e obrigou toda a gente a sair e a voltar a entrar, mesmo os que já tinham bilhete. Quinze minutos depois, já com o autocarro vazio e apenas com a porta dianteira aberta, as pessoas começam a voltar a entrar a conta-gotas.
Segundo, porque quando já estavamos todos estilo sardinha em lata (porque com este tempo todo perdido, mais pessoas apareceram na paragem, logo mais pessoas entraram), alguém repara que uma das portas traseiras não tem vidro, partido que fora durante a confusão inicial. Vem a polícia e instala-se mais uma dose de problemas: nós já estavamos fartos de ali estar, o condutor não queria arrancar porque por lei não pode conduzir com um vidro em falta e os polícias diziam que em cinco minutos chegava o próximo autocarro e que iamos todos mudar para ele. Já nos estavamos a perguntar porque carga d'água é que tinhamos saído e voltado a entrar para agora termos que sair uma vez mais.
Mais quinze minutos passados e o segundo autocarro não chega. Uma alemã que estava connosco (e que sabia falar sueco) já estava a ficar farta e mete a cabeça de fora pela janela sem vidro para perguntar a um policia do que é que estavamos à espera. Foi-lhe respondido que afinal iamos de volta para Uppsala naquele autocarro em que estavamos e que iamos partir em breve. Passam mais dez minutos e, finalmente, o motorista dá uso à ignição e põe o autocarro a funcionar. O alívio foi tal que começou tudo a bater palmas e a alemã a cantar com umas amigas dela:
´
Ah, mulheres! Isto é que é boa disposição num momento chato! :p
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home